terça-feira, 27 de outubro de 2009

viajante urbano

"o olhar do viajante urbano concomitantemente mergulha e recua ante essa paisagem babélica. nela, unem-se, em eterno conflito, o olhar limítofre do flâneur e a sensibilidade vertiginosa do zapeador, construindo uma habilidade de pular de flash em flash, de cena em cena, de registro em registro. e, incessantemente, encadeia trilhos de imagens descarrilhadas, farejando não apenas as pistas do que foi, mas, igualmente, tateando as imagens do vir a ser. a bricolagem se dá em movimento, em trânsito, em estado de descontinuidade, de desordem. o veneno do deslocamento compulsório e da hiperprodutividade imagética torna-se um antídoto." 
rose de melo rocha, no livro: ecos urbanos - a cidade e suas articulações midiáticas. 

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